Ensaio VI

Na passagem do tempo tudo se esvai

As estações se vão como folhas que caem

Os acordes altos suprimidos por sussurros

Absorvidos em um alegórico redemoinho obscuro


Recordo de retratos antigos e guardados,

Registros de jovens perdidamente apaixonados

Exclamo em um alento de dor excedente

    "Ó deuses que fardo me colocaram!

    Machucar aquilo que é belo,

    em pedaços deixar um coração sincero."

Em um ressonante estrondo sou castigado.


Talvez o tempo, e a pouca atenção,

A ganância e o demônio de todas as coisas.

Em mim mesmo esteve um labirinto,

de medos e anseios, ausência e tristeza.



    


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