Lucifagia

Que bela garota era Luci.
Branca com a neve e doce como a fruta do diabo. De fato, bela, não de qualquer beleza, mas de uma singular, daquelas que não se acha em qualquer lugar.
Sorriso jovial, detentor de covas nas quais enterrava seus alvos fatais.
Cabelo cor d'ouro, ouro de tolo que enganava meros mortais.
Gozava de sua pele. Confeccionada da mais rara seda, e as vezes marcada pelo sabor de um corpo juvenil e tímido que se entregava aos rugidos.
Mas Luci nessa farsa, os pecados devoraram, e restou de si apenas a sua carcaça.

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