Minhas mãos e as tuas
Abraçam-se e entrelaçam-se como nós
Quando um é frio, o outro é abrasador,
E nesse abraço confortam-se com clamor
Apesar do silêncio, não são mudos.
Falam sobre tudo, e também sobre nada,
Às vezes é simplesmente conversa fiada
Procuram-se percorrendo todas as estradas,
Desenham na memória todas as paradas.
Assim ficam juntos, e muito tempo distantes
Dizem que em suas marcas está o futuro,
Singularidades curvadas pela vida
Únicas como verdadeiros semblantes.
Minhas mãos e as tuas.
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