Ensaio III

Que o medo seja a chama,
Que incendeia teu cativeiro.
E a música triste que escuta,
Esteja no distante céu profundo.

Que seja simples a vida,
Como versos de despedida,
Quando não há tempo,
Quando sentir ser vivida.

E meus versos sejam teus
Curtos, belos, eternos,
Cheios de meu amor,
E de saudades tua.

Serei para sempre grato
Mesmo que o tempo seja breve
Mesma que o viver seja ingrato
- E me tire de teus braços.

De meu ser sempre carregas,
Meio corpo, o maior pedaço.
O desejo de te ver feliz,
De te ver voar alto.

Pois em ti não guarde trevas,
É este teu lindo sorriso
Que encanta os delírios da lua,
E a faz amar teu abraço.

Quando as estrelas te chamarem,
E pelos astros você caminhar,
Tome minha poesia como guia.
Olhe para Terra, bem aqui,

Onde estarei sempre a te admirar.
E então, busque teu caminho entre elas.
Que entre o fim e o começo,
O infinito e o agora,

És tua vontade que define,
Tua força para lutar.
São tuas lágrimas, que caem,
E encharcam de ternura
O temporal estelar.














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