Amigo

Quiçá a poesia terrena seja fruto de teu ser

Gravada em raízes serenas a fundo no chão

Onde teu choro e carne, nutrem e fazem crescer


Quiçá ainda o temporal soturno deseje sátiras

Que ridicularizem e dispam todo nosso Eu

Nos torne inocentes, livres de todas as mágoas


E nisto tudo a filosofia seja apenas palavras

Inventadas por insanos réis da vida, culpados

E escrutinados por olhos desatentos sem medidas


No infortúnio do tempo há de deixar teu legado

Seja moribundo ou emoldurado em um retrato

Mesmo que teu sangue não seja mais rubro

Mas amargo e negro, ainda será testemunhado


E neste escrito estará o de facto consumado

"Viveu amores e sofreu poesias, caminhou,

por estradas que jamais foram vistas e sonhou

- deixou amigos e amores eternamente gratos."

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